O preço do ovo disparou até 50% nas últimas semanas em Goiânia, surpreendendo consumidores e comerciantes. A dificuldade dos atacadistas em adquirir grandes quantidades do produto indica uma redução na oferta, tornando o item mais caro e escasso.
A alta nos preços é impulsionada por diversos fatores, como o encarecimento das carnes, que leva mais pessoas a buscar alternativas acessíveis, a proximidade da Quaresma, o aumento das exportações e o descarte de aves menos produtivas pelas granjas.
Reinara Araújo Motobu, gerente da Komatto Distribuidora de Ovos, relata que os pedidos às granjas estão sendo atendidos parcialmente. “Peço 70 caixas e recebo apenas 40. Toda semana o preço sobe”, disse.
Marcos Café, presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), destaca que a alta demanda tem pressionado o setor. “O mercado está aquecido, e as granjas não conseguem suprir toda a procura”, afirmou.
O impacto já é sentido pelos consumidores. Divino Eterno da Silva, dono da Distribuidora de Ovos Santa Clara, observa que o preço da cartela subiu de R$ 10 para R$ 15, afetando principalmente quem consome ovos diariamente, como atletas.
Nos supermercados, a alta ainda é menor, em torno de 18%, mas pode se intensificar, segundo Sirlei do Couto, presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos). “O consumo deve crescer ainda mais na Quaresma, e pode até faltar um pouco do produto”, alertou.
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