Anápolis amanheceu em clima de indignação e tristeza neste domingo (19), após a Justiça decidir pela soltura de Fábio Aguiar dos Santos, principal suspeito do assassinato do enteado Isaac Ferreira Gonçalves, de 20 anos. A decisão foi tomada durante uma audiência de custódia realizada por videoconferência, sob a justificativa de ausência de flagrante no caso.
O Crime
Isaac foi encontrado morto na manhã de sábado (18), em uma área rural da cidade, com sinais de violência brutal. De acordo com os primeiros indícios, o jovem teria sido assassinado a pedradas ou pauladas. Imagens de câmeras de segurança mostram Isaac entrando no carro do padrasto durante a madrugada, logo após sair do trabalho. Depois desse momento, ele não foi mais visto com vida.
A mãe de Isaac relatou que a relação entre o jovem e o padrasto era marcada por conflitos frequentes. Dias antes do crime, Fábio teria apresentado comportamentos suspeitos, como fazer perguntas detalhadas sobre os horários do enteado, levantando a possibilidade de premeditação.
Em um ato que revoltou ainda mais a família, Fábio teria consolado a mãe de Isaac após a morte do jovem, mesmo sendo apontado pelas investigações como o principal suspeito.
A Prisão e Soltura do Suspeito
Fábio foi preso pelo Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar e levado ao presídio local. No entanto, durante a audiência de custódia, o juiz responsável decidiu pela liberação do suspeito, alegando que não houve flagrante. A decisão gerou revolta, especialmente após as contradições apresentadas por Fábio durante a abordagem policial.
Mesmo sem conseguir sustentar seu álibi, o suspeito optou por permanecer em silêncio e não confessou o crime.
O Caso Continua em Investigação
O trabalho investigativo da polícia segue em andamento, com a busca por provas concretas que possam responsabilizar Fábio Aguiar dos Santos pelo crime. Enquanto isso, a família de Isaac enfrenta o luto e clama por justiça, temendo que o caso se torne mais um entre tantos crimes sem solução.
O episódio gerou comoção na cidade e levantou questionamentos sobre as decisões judiciais, além de reforçar o apelo por uma resposta rápida e justa das autoridades.
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